segunda-feira, 15 de abril de 2013

" Espero que ninguém que esteja lendo essa história



...alguma vez na vida tenha se sentido tão infeliz quanto Susana e Lúcia naquela noite. Mas se você sabe o que é isso, se já passou a noite toda acordado e chorou até acabarem as lágrimas… Então sabe que, no fim, desce sobre a gente uma grande calma. Chegamos até a ter a sensação de que nada mais nos poderá acontecer.
(As crônicas de Nárnia)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Eu sinto muito, mas eu não sinto nada

''Então vem. Porque eu sou a sua Camila e você não pode me deixar deitada na praia, senão vai passar o resto da sua vida se arrependendo. Então vem. Porque você me ganhou e eu quero que você minta pra mim, na minha cara, olhando nos meus olhos enquanto me come. Vem. Eu sou sua.
 
Isso era eu em 2008. Uau, ein? Que força, que furacão. Eu era, eu era. Once a fire. Sinto que não sei mais sentir, não sei mais me deixar sentir, não sei mais me entregar. EU NÃO SEI MAIS ME ENTREGAR. Nem por duas horas. Nem por meia hora. Fingir eu nunca soube mesmo, e nem quero aprender. Nunca pensei que passaria por isso. Eu achava que seria pra sempre a impetuosa jovem das linhas acima, que quebrava a cara repetidamente e levantava e levantava e cuspia sangue e dizia bring it on, you mfcks. Não quebro mais a cara porque não caio, e se cair, não tem sangue pra jorrar, não tem coração pra bater, não tem porra nenhuma há anos. Eu até tentei mentir que tinha e só consegui sentir ódio. Ódio de mim, ódio daquilo tudo onde eu tinha me metido nem sei como e uma frustração inenarrável. Acho que sequer posso dizer que aquela era eu. Era um pedaço, um fragmento pequeno e incompleto de mim que jamais vingaria. Bom, eu tentei.
Eu sinto muito, mas eu não sinto nada.''