sexta-feira, 29 de julho de 2011

'O amor é tempo e tu não tens tempo para mim. Pelo menos agora. Amor é sorte e talvez eu não tenha sorte. Ou tenha, mas não contigo. Há pessoas a quem falta a saúde, outras uma família que as proteja, outras, a realização profissional. Há mulheres que nunca conheceram os pais, ou que não conseguem ter filhos. Há pessoas que trabalham uma vida inteira e nunca conseguem juntar dinheiro. Há pessoas a quem lhes é retirada a liberdade, ou lhes é interditada a vocação. Na existência humana há sempre uma dimensão que falha. Na minha, na qual alcancei muito mais do que alguma vez achei possível, talvez falte este tipo de amor que há tanto tempo procuro: um amor pleno, supremo e incondicional, um amor sereno e seguro que me proteja do mundo, um amor certo e firme, um amor real, em vez do mundo de sonhos em que vivo mergulhada quase desde que me conheço.'
(Margarida Rebelo Pinto)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Insistir naquilo que já não existe, é como calçar um sapato que não te cabe mais!
Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então melhor é ficar descalço.
Deixar livre o coração, enquanto vive... Deixar livre os pés, enquanto cresce...
Porque quando a gente cresce, o número muda!"


Autor Desconhecido

quarta-feira, 20 de julho de 2011

FIG

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Boas lembranças pra uma estação tão fria.
Aconchego e calmaria dpois de uma semana difícil...
Música, arte, dança,teatro, magia, amigos e vinho
Adorei esses 3 dias em Garanhuns.
Bjs Maryana, Uli, Vinícius e Anderson
e tbm pra minhas 'bests' Talita e Tamires.
Vc aqueceram meu coração!
:*

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mulher perdigueira

'Meus amigos reclamam quando suas namoradas o perseguem. Lamentam o barraco do ciúme, a insistência dos telefonemas para falarem praticamente nada, o cerceamento dos horários. Sempre as mesmas tramas de tolhimento da liberdade, que todos concordam e soltam gargalhadas buscando um refúgio para respirar. Eu me faço de surdo.
Fico com vontade de pedir emprestada a chave da prisão para passar o domingo. Acho o controle comovente. Invejável. Não sou favorável à indiferença, à independência, ao casamento sartreano. Fui criado para fazer um puxadinho, agregar família, reunir dissidentes, explodir em verdades. Duas casas diferentes já é viagem, não me serve. Aspiro ao casamento pirandelliano, um à procura permanente do outro. Sou um totalitário na paixão. Um tirano. Um ditador. Não me dê poder que escravizo. Não me dê espaço que cultivo. Não me eleja democraticamente que mudo a constituição e emendo os mandatos. Quero uma mulher perdigueira, possessiva, que me ligue a cada quinze minutos para contar de uma ideia ou de uma nova invenção para salvar as finanças, quero uma mulher que ame meus amigos e odeie qualquer amiga que se aproxime. Que arda de ciúme imaginário para prevenir o que nem aconteceu. Que seja escandalosa na briga e me amaldiçoe se abandoná-la. Que faça trabalhos em terreiro para me assustar e me banhe de noite com o sal grosso de sua nudez. Que feche meu corpo quando sair de casa, que descosture meu corpo quando voltar. Que brigue pelo meu excesso de compromissos, que me fale barbaridades sob pressão e ternuras delicadíssimas ao despertar. Que peça desculpa depois do desespero e me beije chorando.
A mulher que ninguém quer, eu quero. Contraditória, incoerente, descabida. Que me envergonhe para respeitá-la. Que me reconheça para nos fortalecer. A mulher que não sabe amar recuando e não tolera que eu ame atrasado.
Que parcele em dez vezes seu dia, que não pague a conversa à vista na hora do jantar, que não junte suas notícias para contar de noite como um relatório. Admiro os bocados, as porções, as ninharias. Alegria pequena e preciosa de respirar rente ao seu nariz e definir com que roupa vou ao serviço. O amor é uma comissão de inquérito, é abrir as contas, é grampear o telefone, é cheirar as camisas. É também o perdão, não conseguir dormir sem fazer as pazes. O amor é cobrança, dor-de-cotovelo, não aceitar uma vida pela metade, não confundí-la com segurança. Exigir mais vontade quando ela se ofereceu inteira. Enlouquecê-la para pentear seus cabelos antes do vento. Enervá-la para que diga que não a entende. E entender menos e precisar mais.

Quem aspira ao conforto que se conserve solteiro. Eu me entrego para dependência. Não há nada mais agradável do que misturar os defeitos com as virtudes e perder as contas na partilha. Não há nada mais valioso do que trabalhar integralmente para uma história. Não raciocinar outra coisa senão cortejá-la: avisá-la para espiar a lua cheia, recordar do varal quando começa a chover, decorar uma música para surpreendê-la, sublinhar uma frase para guardá-la.
Sou doido, mas doido varrido. Bem limpo. Aprendi a usar furadeira e agora entro fácil em parafuso. Quero uma mulher imatura, que possa adoecer e se recuperar do meu lado. Uma mulher que me provoque quando não estou a fim. Que dance em minhas costas para me reconciliar com o passado. Que me acalme quando estou no fim do filtro. Que me emagreça de ofensas. Não me interessa um tempo comigo quando posso dividir a eternidade com alguém. Quero uma mulher que esqueça o nome de seu pai e de sua mãe para nascer em meus olhos. Em todo momento. A toda hora. Incansavelmente. E que eu esteja apaixonado para nunca desmerecê-la, que esteja apaixonado para não diminuí-la aos amigos.'

Ai Carpinejar! Essa mulher sou euuuuuuuuu

terça-feira, 5 de julho de 2011

'Abra sua mente, gay também é gente' ♪

Esses dias ouvi muita gente querendo justificar seu preconceito através da fé. Pois é, ainda há quem discrimine o homossexualismo colocando sua crença religiosa como escudo.
São visíveis os esforços da minoria que quer impor sua religião como verdade absoluta. Vide o episódio do polêmico kit anti homofobia.
A Constituição afirma que o estado brasileiro é laico.
O mundo tem espaço pra todos. O mínimo que podemos esperar é respeito às diferenças e à liberdade de crer e não crer.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"O mundo as vezes pode parecer um lugar hostil e sinistro...

...mas acreditem: existe muito mais bondade no mundo do que maldade, só precisam procurar com vontade.

Ele(s) e a(s) periguete(s)

'Mal se acaba de rir do gosto de um amigo pelo que chamamos de xamboqueiras - vulgo carne de quinta, sem relações com classes sociais, cor de pele ou clafissificações do tipo, please  - observa-se, no ciberespaço (sempre ele, maldito!), mais um episódio da novela Eu gosto mesmo é de periguete. O galã?(????): criatura amigável reprodutora do discurso "Não priorizo o sexo, pois já tive relações fracassadas baseadas nisso. Quero mesmo conhecer a pessoa primeiro". A moçoila? Periguete das boas, no melhor estilo "faz de conta que sou pra casar". Pois, pois. Assim como o rio corre pro mar, a vaca pro brejo e o arroz pro feijão, os rapazes interessados na pureza feminina - para contrabalançar sua safadeza pesada, claro - sempre acabam descambando para as periguetes. E é incrível como acreditam ter encontrado a virgem imaculada ou ente afim. Somente após uma penca de galhas, chega a dor da (quase) realidade, afinal, ele ainda terá certeza de que a culpa foi dele. Pobres galãs, que acreditam estar fazendo as escolhas certas, ao desprezarem essas meninas modernosas  - que só pensam em sexo, vejam só! -  para dar vez às periguetes com asas de anjo e fogo na bacurinha. Mas santa mesmo é a ignorância!'


Renatinha, do números pares.